segunda-feira, 17 de agosto de 2009

NAVIO NEGREIRO


Navio Negreiro
(Trecho do Poema )

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!


Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!


Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia,
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...

Castro Alves

Um comentário:

  1. Vamos fazer de cada espinho
    A esperança de encontrar uma rosa
    E de cada dor
    A possibilidade de um sorriso.

    (Clarice Lispector)

    Feliz Semana e o meu carinho...M@ria

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