sexta-feira, 17 de julho de 2009


Quando, no albor da vida, fascinado
Com tanta luz e brilho e pompa e galas,
Vi o mundo sorrir-me esperançoso:
— Meu Deus, disse entre mim, oh! quanto é doce,
Quanto é bela esta vida assim vivida! —
Agora, logo, aqui, além, notando
Uma pedra, uma flor, uma líndeza,
Um seixo da corrente, uma conchinha
À beira-mar colhida!

Gonçalves Dias

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